Em crescente desenvolvimento do escândalo de assédio do (ex)todo-poderoso produtor Harvey Weinstein em Hollywood, a indústria da moda parece começar a se manisfestar sobre o assunto. Na semana passada, a modelo Cameron Russel passou a usar seu perfil no Instagram para compartilhar histórias anônimas sofridas por outras modelos e hoje pela manhã, o jornal The Daily Telegraph, teve acesso a um email enviado na segunda-feira, 23 de outubro, por James Woolhouse, vice presidente da Condé Nast, para os chefes de revistas como Vogue, Glamour, Vanity Fair e GQ espalhadas pelo mundo. Na mensagem, Woolhouse afirma que não vai mais trabalhar com Terry Richardson.
O e-mail bomba, que exclui Terry Richardson totalmente das publicações da Condé Nast, ainda demanda que qualquer material já produzido e ainda não publicado que o envolva deve cair e ser substituído, conforme abaixo:
“Escrevo sobre um assunto importante. Condé Nast não irá mais trabalhar com o fotógrafo Terry Richardson. Qualquer material encomendado a ele ou já feito, mas ainda não publicado, deve ser cancelado e substituído por outro. Por favor, confirme que essa regra começa a valer imediatamente”.
Desde 2010 ocorrem acusações contra o fotógrafo, justamente por assédio sexual durante ensaios. Em 2014, pintaram pelo menos 4 acusações partindo das modelos Charlotte Waters, Jamie Peck, Liskula Cohen e Rie Rasmussen. Charlotte Waters inclusive, alegou que ele pediu pra que ela fizesse sexo oral durante um ensaio fotográfico. Logo em seguida Jamie Peck foi a público contar sobre sua experiência aos 19 anos, quando ele pediu que ela fizesse favores sexuais e o chamasse por “Tio Terry” durante um trabalho. Depois dessas acusações, outras surgiram, com o acusado sempre negando. Na verdade a questão foi abafada até então.
Terry Richardson é famoso por suas fotos "apimentadas", por vezes, sexualmente explícitas. Até este momento, seu trabalho foi conscientemente aceito pela indústria da moda. Além das maiores publicações do meio, já trabalhou com modelos do calibre de Gisele Bündchen, Kate Moss, Cindy Crawford e muitas outras, além Barack Obama, Madonna, Beyoncé, Rihanna e Lady Gaga, para a qual fotografou o livro "Lady Gaga x Terry Richardson" em 2011. Em 2013, Richardson realizou o vídeo de "Wrecking Ball", onde Miley Cyrus aparece nua. Mais tarde, a cantora confessou que se arrependeu de o ter feito. Aqui no Brasil, fotografou o livro autoral “Rio Cidade Maravilhosa” patrocinado pela Diesel Brasil, que traz Cauã Reymond, Paulo Vilhena, Camila Pitanga e outros, assim como as campanhas da marca Sérgio K. Recentemente, dirigiu o clipe “Vai Malandra“, da Anitta, gravado no Morro do Vidigal.
Adiantando-se contra o que já estava mais que previsto, na sexta-feira passada, uma carta do próprio Terry Richardson publicada no site do Huffington Post abordou os "rumores" sobre a sua conduta. Nela, o fotógrafo lembra que trabalhou com "mulheres adultas" que estavam conscientes do que lhes era pedido e que assinaram contratos claros sobre o trabalho que fariam com ele. O profissional declara que nunca obrigou ninguém a fazer algo que não quisesse, cita a Elle.
No domingo, o jornal britânico TheTimes questionava como é que, depois de conhecido o escândalo que envolve o produtor cinematográfico Harvey Weinstein, Richardson ainda continuava a trabalhar. O texto o classifica como o "Harvey Weinstein da moda" e cita uma ex-editora da revista i-D, Caryn Franklin, dizendo que o comportamento do fotógrafo é um "segredo de polichinelo": "As pessoas eram cautelosas. . .Todas conheceram alguém que conhecia alguma coisa",
Resta agora saber se de fato a indústria da moda tomará atitudes gerais e verdadeiras contra a questão do assédio sexual que é mais do que conhecida no meio, ou se o caso Terry Richardson não passará apenas de algo pontual.
Clique nas imagens e confira alguns trabalhos do fotógrafo:
Terry Richardson sempre trabalhou com celebridades da música e do cinema. Inclusive até com Barack Obama...
Adiantando-se contra o que já estava mais que previsto, na sexta-feira passada, uma carta do próprio Terry Richardson publicada no site do Huffington Post abordou os "rumores" sobre a sua conduta. Nela, o fotógrafo lembra que trabalhou com "mulheres adultas" que estavam conscientes do que lhes era pedido e que assinaram contratos claros sobre o trabalho que fariam com ele. O profissional declara que nunca obrigou ninguém a fazer algo que não quisesse, cita a Elle.
No domingo, o jornal britânico TheTimes questionava como é que, depois de conhecido o escândalo que envolve o produtor cinematográfico Harvey Weinstein, Richardson ainda continuava a trabalhar. O texto o classifica como o "Harvey Weinstein da moda" e cita uma ex-editora da revista i-D, Caryn Franklin, dizendo que o comportamento do fotógrafo é um "segredo de polichinelo": "As pessoas eram cautelosas. . .Todas conheceram alguém que conhecia alguma coisa",
Resta agora saber se de fato a indústria da moda tomará atitudes gerais e verdadeiras contra a questão do assédio sexual que é mais do que conhecida no meio, ou se o caso Terry Richardson não passará apenas de algo pontual.
Clique nas imagens e confira alguns trabalhos do fotógrafo:
Terry Richardson sempre trabalhou com celebridades da música e do cinema. Inclusive até com Barack Obama...
O sexo é umas das características principais de suas fotos..
Aqui um dos últimos editoriais feitos por ele, para a edição de novembro da W Magazine:
Editorial com o ator Alexander Skarsgård, feito para a GQ Alemanha (uma das publicações do portfólio da Condé Nast) e sua edição de outono/inverno 2017:
O fotótgrafo acumula muitas colaborações para a indústria da moda em editoriais e campanhas...
Abaixo, campanha Resort 2018 da Valentino, grife que recebeu várias críticas por ainda trabalhar com o fotógrafo:
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