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BALANÇO VERÃO 2009 | Temporada de moda brasileira investe na possibilidade de horizontes: não tem tendência certa!

A temporada de moda brasileira bombou neste mês de junho com o Fashion Rio e São Paulo Fashion Week. Ao todo, foram 100 desfiles das marcas mais atuantes no país que apresentaram suas tendências e proposta para o verão 2009.

A grande surpresa: não há tendências ou propostas certas, mas o que se conclui é um grande investimento em tecnologia, preconizando o conforto e a individualidade, numa imagem de moda forte, sem se preocupar com iconografias internacionais ou achaques momentâneos. Priorizou-se a alfaiataria e o jeanswear, nosso simples objeto de desejo do dia-a-dia e uma das peças chefes de muitas marcas foi deixado de escanteio, com exceção da Colcci, onde pela primeira vez fez brilhar suas propostas sem necessariamente depender da presença mágica da übermodel Gisele Bundchen. A peça citada acima marcou sua presença na semana de moda paulistana na estréia da Colcci num interessante tom de azul hora mais claro (como na Ellus), hora mais clássico. Meio datado, meio moderno, meio estranho, meio desejo.


No quesito menswear – que é o que de fato interessa –o ápice foi a estréia da linha da Rosa Chá no line-up da SPFW. Com peças que despertam a lei do desejo, a proposta em si é a imagem de um homem forte e sensual, sem amarras a mostrar que moda praia pode e deve extrapolar o motivo de sua utilidade, a começar pela bermuda, uma das peças chaves mais importantes da temporada, assim como a calça cargo que ainda insiste em perdurar. E prepare-se, pois o estilo Falcon estará em alta no verão!


A camisa também é um ponto forte e comum de todas as coleções. Vem em estampas ou cores básicas, também mais uma aposta. Por falar em cores, vale aqui o preto, branco, mesclas de cinzas, marrons terrosos e tonalidades pastéis. O verde e o vermelho também marcaram a sua presença, mas o identificador comum são as cores ácidas, coordenadas com outras tonalidades para não gritarem muito. Esta última pôde ser conferida na proposta da Reserva, na imagem de um homem com atitude fashionista, mas consciente de sua intelectualidade e individualidade. Imagem forte.


A estamparia também manda suas graças, como na coleção de Mario Queiroz – a minha preferida - que finalmente acerta a mão. Apoiado nas obras de arte cinética do venezuelano Jesus Rafael Soto, as peças crescem com efeitos ópticos modernos e interessantes.


Para se dizer que não há tendências ou propostas certas, um balanço de toda temporada de moda brasileira pode ser edificado a partir de uma modelagem simples – além do investimento em tecnologia, que são um dos pontos altos da estação. Nada de conceito ou moda intelectual, apenas sensualidade e uma moda mais inteligente. E por final, a possibilidade de escolhas de acordo com a individualidade de cada um. Não é isso mesmo que a moda prega?
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