Há pouco mais de uma década, estreava o longa-metragem gay "Brokeback Mountain" (2005), de Ang Lee. A história girava em torno de dois cowboys solitários nas montanhas de Wyoming (EUA). Os dois se apaixonam e o resto é história. O filme ganhou o Oscar de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora Original. E solidificou talentos como Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway e Michelle Williams.
O sucesso de "Brokeback Mountain" abriu precedentes para que o cinema mundial pudesse se expressar dentro de um assunto pouco abordado. No caso, o relacionamento entre dois homens. Porém, não apareceu nenhum outro longa que ocupasse tal espaço e com a mesma repercussão. Até que "Moonlight" (2016), de Barry Jenkins, apareceu 11 anos depois e conquistou não somente a crítica, mas o Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjovante (Mahershala Ali) e Melhor Roteiro Adaptado.
Ofuscado pela fatídica confusão na noite de premiação do Oscar 2017, quando Warren Beatty e Faye Dunway anunciaram "La La Land" como vencedor do Oscar de Melhor Filme — sendo "Moonlight" o verdadeiro premiado, o longa foi vendido não necessariamente com temática LGBT, já que a sinopse não trazia indicação alguma. Mas sim: se tratava da história de um homem gay, Chiron (interpretado em três fases de sua vida), trilhando sua história desde a infância em uma jornada de autoconhecimento, enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Inclusive, falamos a respeito dele aqui no blog NLDJ (clique aqui e leia matéria especial a respeito).
"Tangerine" (2015), de Sean S. Baker, também fez grande sucesso de crítica e exibição em festivais independentes, mas não conseguiu atingir uma repercussão que o colocasse como favorito em premiações como Globo de Ouro, Spirit Awards, ou o Oscar. O filme narra um dia na vida de Sin-Dee Rella (Kitana Kiki Rodriguez), transexual e prostituta, que retorna da prisão e descobre, através de sua melhor amiga Alexandra (Mya Taylor), e também trans, que está sendo traída pelo namorado e agenciador.
Agora, com a discussão de diversidade e inclusão gerada nos últimos dois anos, principalmente na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar - apesar dos tempos sombrios de preconceitos e caretice extremos - enxergamos um certo avanço com a boa recepção de "Call Me by Your Name", escrito e dirigido por Luca Guadagnino.
O filme, baseado na obra homônima do egípcio André Aciman e estrelado por Timothée Chalamet, Armie Hammer e Michael Stuhlbarg, teve sua primeira exibição no Festival de Cinema de Sundance em 22 de janeiro de 2017.
Ambientado no ano de 1983, "Call Me by Your Name" ou "Me Chame Pelo seu Nome", conta a história de um jovem chamado Elio (Timothée Chalamet), um garoto de 17 anos sensível e único filho de uma família americana com ascendência italiana e francesa. O jovem se encontra entediado na casa de seus pais no interior da Itália. De praxe, mais um Verão como outro qualquer. Mas tudo muda com a chegada de Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai. Aos poucos, a atração entre os dois culmina num romance - que mostra como o protagonista ainda tem muito que aprender sobre amor, sexo e a vida.
Ambientado no ano de 1983, "Call Me by Your Name" ou "Me Chame Pelo seu Nome", conta a história de um jovem chamado Elio (Timothée Chalamet), um garoto de 17 anos sensível e único filho de uma família americana com ascendência italiana e francesa. O jovem se encontra entediado na casa de seus pais no interior da Itália. De praxe, mais um Verão como outro qualquer. Mas tudo muda com a chegada de Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai. Aos poucos, a atração entre os dois culmina num romance - que mostra como o protagonista ainda tem muito que aprender sobre amor, sexo e a vida.
Desde os festivais de Berlim e Sundance, este drama vem despertando elogios da crítica especializada e já é considerado um forte candidato para a próxima temporada de premiações. No Rotten Tomatoes (site especializado em críticas de filmes), recebeu a validação de cinco estrelas. No Spirit Awards, neste último dia 21 de novembro, em West Hollywood, Califórnia, o longa foi selecionado em seis categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Luca Guadagnino. Chalamet e Hamet foram indicados, respectivamente, como Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante. Lembrando que o Spirit Awards é considerado um bom indicador dos filmes independentes que podem aspirar a ganhar um prestigioso Oscar.
"Call Me by Your Name" terá estreia nos Estados Unidos nesta sexta-feira, 24 de novembro. Aqui no Brasil teremos que esperar até o dia 18 de janeiro no Brasil.
