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Jean-Michel Basquiat no Centro Cultural Banco do Brasil


Cerca de 80 peças — entre quadros, desenhos, gravuras e pratos — estarão disponíveis para visitação gratuita em exposição do artista Jean-Michel Basquiat, que passa por quatro sedes do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) a partir do dia 25 de janeiro. Esta é uma das maiores exposições já aguardadas do ano de 2018, possibilitando um mergulho na trajetória de Basquiat, com obras desde o início de sua carreira, quando vendia postais desenhados por ele pelas ruas de Manhattan até os momentos finais de sua produção.

Quando morreu aos 27 anos, em 1988, Basquiat era uma estrela do cenário artístico de Nova York. Sua produção foi marcada pelo uso de materiais simples, como papel comum, esquadrias de janela, colagens, cópias reprográficas e a combinação de imagens humanas e palavras. Começou sua produção aos 16 anos com grafites, poemas e cartazes nas paredes e muros de Downtown Manhattan e na linha D do metrô nova-iorquino. Junto com o amigo Al Diaz, assinavam como SAMO (abreviação para same old shit). Foi o jornal independente Village Voice que destacou a produção da dupla. Em 1979, o codinome SAMO é abandonado, numa intervenção na cidade: a inscrição “SAMO is dead” apareceu grafitada no SoHo, no baixo Manhattan.

Em 1981, ele ganha um artigo na revista Artforum, que o torna conhecido internacionalmente. Esse é um dos períodos mais produtivos de Basquiat. Algumas das peças de maior destaque da exposição que vem ao Brasil, como Hand anatomy (1982), Old Cars (1981), Selfportrait ( 1981), Do not revenge (1982) e Loin (1982) foram produzidas nessa fase.

“Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova York. Sua obra personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político da cidade durante este período tão fértil”, conta Pieter Tjabbes, curador da mostra.

Em 2010, a tela Sem Título (1982) foi vendida por mais de US$ 110 milhões num leilão, fazendo deste trabalho a mais cara obra de arte norte-americana já vendida.

Jean-Michel Basquiat - Centro Cultural Banco do Brasil

CCBB São Paulo: 25.01 a 07.04
CCBB Brasília: 21.04 a 01.07
CCBB Belo Horizonte: 16.07 a 26.09
CCBB Rio de Janeiro: 12.10 a 08.01.19
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