É impressionante verificar a mudança proposta por Michele na tradicional e luxuosa marca italiana. Faz até nos esquecer que esta é apenas a sua terceira temporada como diretor criativo, haja vista que sua estreia na Gucci foi na temporada internacional de Inverno 2015, substituindo Frida Giannini. Mas como não existe tempo ou espaço para novas ideias, Michele já construiu e fortificou uma imagem que hoje é referência na moda mundial.
A aposta no vintage, na androginia, no decorativismo e na excentricidade prevalece, pois já são as marcas de Alessandro Michele. Pode até parecer repetitivo - e de fato é, mas tem sempre um detalhe ou outro que nos faz pensar que é algo diferente. Ou visto de uma maneira diferente. Ou vendido de uma forma diferente...Essa coleção traz inspirações orientais - especificamente da China, anos 70 e 80, glam e punk rock. Pense em Bowie. Pense em Joey Ramone. Pence em Brian Johnson. Uma das nossas peças preferidas é justamente a camiseta de banda com estampa do AC/DC. Aqui, transformada em item fashionista, com uma gola em V a la DIY e Gucci bordado nas costas. E é essa a transformação real de Alessandro Michele, pegar o que já existe e se apropriar de todo o seu fundamento. Continua a ser uma camiseta de banda de rock, mas em uma versão do que é de mais exclusivo na moda - e mais caro também.
Sem ao menos pincelar algo que nos remeta às tais "tendências" da temporada, ainda nos deparamos com muitos detalhes, como as palavras em latim que viram estampas: "Chiroptera" e "Scarabaeidae", respectivamente os nomes científicos para a família dos morcegos e escaravelhos, que também aparecem estampados em alguns looks, assim como mariposas, borboletas e felinos. E claro, as muitas flores extravagantes, vindas dos arquivos da marca. Destaque especial para a boa alfaiataria de sempre, aqui em versão mais justa e curta. Além de tudo isso, a coleção conta com a colaboração da fotógrafa e artista espanhola Coco Capitán, que já trabalhou com a Gucci e marcas como Paco Rabanne, A.P.C. e revistas como Dazed, Vice e Nylon. Algumas peças receberam a intervenção de Coco trazendo uma caligrafia rústica, tipo letra de forma com frases como "Senso comum não é tão comum”, “Amanhã agora é ontem” e “Quero voltar a acreditar numa história”.
Em um clima altamente sedutor, eclético e sombrio - ainda que repetitivo, o tal alquimista é o próprio Alessandro Michele, que nos embriaga com uma coleção que talvez não apresente nada de novidade na moda, mas que com certeza nos faz desejar peça por peça. Resta saber quanto tempo essa alquimia repetitiva e extravagante durará...
Sem ao menos pincelar algo que nos remeta às tais "tendências" da temporada, ainda nos deparamos com muitos detalhes, como as palavras em latim que viram estampas: "Chiroptera" e "Scarabaeidae", respectivamente os nomes científicos para a família dos morcegos e escaravelhos, que também aparecem estampados em alguns looks, assim como mariposas, borboletas e felinos. E claro, as muitas flores extravagantes, vindas dos arquivos da marca. Destaque especial para a boa alfaiataria de sempre, aqui em versão mais justa e curta. Além de tudo isso, a coleção conta com a colaboração da fotógrafa e artista espanhola Coco Capitán, que já trabalhou com a Gucci e marcas como Paco Rabanne, A.P.C. e revistas como Dazed, Vice e Nylon. Algumas peças receberam a intervenção de Coco trazendo uma caligrafia rústica, tipo letra de forma com frases como "Senso comum não é tão comum”, “Amanhã agora é ontem” e “Quero voltar a acreditar numa história”.
Em um clima altamente sedutor, eclético e sombrio - ainda que repetitivo, o tal alquimista é o próprio Alessandro Michele, que nos embriaga com uma coleção que talvez não apresente nada de novidade na moda, mas que com certeza nos faz desejar peça por peça. Resta saber quanto tempo essa alquimia repetitiva e extravagante durará...
Clique nas imagens e confira a coleção masculina de Inverno 2017 da Gucci: