O chapéu (palavra que deriva do francês antigo chapel, atual chapeau) é um item do vestuário, com inúmeros variantes, que tem a função principal de proteger ou enfeitar a cabeça. Surgiu ainda nos povos primitivos da pré-história como proteção das intempéries climáticas (sol escaldante, frio, chuva), sendo depois estendido para a caracterização dos níveis sociais: reis, sacerdotes e guerreiros. Teriam, assim, nos mais primitivos formatos, uma espécie de gorro feito em couro, ou em tecido, nos antigos turbantes já presentes cerca de 4.500 anos a.C.
Cerca de 3000 a.C., na Mesopotâmia, surgem os chapéus que trazem um misto de elmo com capuz, que por volta de 2.000 a.C. evolui para um formato mais aprimorado. Torna-se, neste mesmo período, um adereço de dignidade, nobiliárquica, militar e sacerdotal do Antigo Egito. O primeiro chapéu que encontra em suas formas mais semelhantes com o formato "clássico" (ou seja, contendo as partes principais do adorno), é o pétaso grego, cuja origem remonta ao século IV a.C., junto ao píleo. O primeiro encontrou sua forma romana, junto ao capucho, sendo este povo o primeiro a criar um capacete.
Extremamente popular até a década de 40, o homem ocidental utilizava o acessório como sinônimo de elegância e bom decoro. Porém, com a modernização dos automóveis, deixou de tornar possível a sua utilização, já que os tetos dos carros ficaram mais baixos. Ainda assim era um ítem orbigatório até que na década de 60, John Kennedy, já presidente dos EUA, foi a primeira figura pública e influente a recusar o objeto, tornando-o opcional. A atitude correu o mundo e dalí em diante, o uso do chapéu passou a ser visto como uma formalidade ultrapassada. Os hippies, em atitude de contra-cultura, também o aboliram de vez como forma de negar toda e qualquer influência de gerações passadas.
Um dos modelos mais conhecidos é o Chapéu-Panamá, que, apesar do nome, é fabricado no Equador (onde é chamado de El Fino), especialmente em Cuenca e Montecristi. Possui cor clara e pode ter vários formatos. É fabricado com a palha da planta Carludovica palmata, encontrada no Equador e em países vizinhos, e tecida em trama fechada. Já foi dito que recebeu este nome porque o presidente estadunidense Theodore Roosevelt usou-o durante uma visita ao canal do Panamá, em 1906. Em razão disso, o modelo de chapéu tornou-se moda, principalmente para homens, até a Segunda Guerra Mundial. Outro modelo bem poupular é o Fedora ou Borsalino, originalmente produzido em feltro, fabricado no formato do chapéu Panamá, e que fez grande sucesso no século XX, a partir dos anos 20 e popularizado nos filmes de Hollywood dos anos 40 como o personagem Rick Blaine, interpretado por Humphrey Bogart em "Casablanca"(1942). Michael Jackson, no filme "Moonwalker"(1988) também abusou do modelo nas cores branca e preta, tornando-o uma das características icônicas de seu estilo.
Ainda que alguns o considerem ultrapassado, é impossível negar a vocação fashion e elegante do chapéu, um simples acessório que pode mudar o resultado final do look e imprimir autenticidade a quem o utiliza. Tornou-se comum celebridades, tanto da música quanto do cinema, apostarem no acessório como um objeto certeiro de estilo: Pharrell William, Johnny Depp, Justin Timberlake e até mesmo Justin Bieber tornaram novamente popular o uso do chapéu nas ruas. Nas coleções de inverno 2016/17 de Alessandro Michele para a Gucci e Hedi Slamine para a Saint Laurent, ambos os estilistas mostraram opções de chapéus nas passarelas, aplicando o ar vintage dos anos 70 da temporada de inverno internacional. Inclusive, Michele revisitou em um look na Gucci o visual que mais popularizou Humphrey Bogart nas telas de cinema: chapéu e trench-coat.
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Cerca de 3000 a.C., na Mesopotâmia, surgem os chapéus que trazem um misto de elmo com capuz, que por volta de 2.000 a.C. evolui para um formato mais aprimorado. Torna-se, neste mesmo período, um adereço de dignidade, nobiliárquica, militar e sacerdotal do Antigo Egito. O primeiro chapéu que encontra em suas formas mais semelhantes com o formato "clássico" (ou seja, contendo as partes principais do adorno), é o pétaso grego, cuja origem remonta ao século IV a.C., junto ao píleo. O primeiro encontrou sua forma romana, junto ao capucho, sendo este povo o primeiro a criar um capacete.
Extremamente popular até a década de 40, o homem ocidental utilizava o acessório como sinônimo de elegância e bom decoro. Porém, com a modernização dos automóveis, deixou de tornar possível a sua utilização, já que os tetos dos carros ficaram mais baixos. Ainda assim era um ítem orbigatório até que na década de 60, John Kennedy, já presidente dos EUA, foi a primeira figura pública e influente a recusar o objeto, tornando-o opcional. A atitude correu o mundo e dalí em diante, o uso do chapéu passou a ser visto como uma formalidade ultrapassada. Os hippies, em atitude de contra-cultura, também o aboliram de vez como forma de negar toda e qualquer influência de gerações passadas.
Um dos modelos mais conhecidos é o Chapéu-Panamá, que, apesar do nome, é fabricado no Equador (onde é chamado de El Fino), especialmente em Cuenca e Montecristi. Possui cor clara e pode ter vários formatos. É fabricado com a palha da planta Carludovica palmata, encontrada no Equador e em países vizinhos, e tecida em trama fechada. Já foi dito que recebeu este nome porque o presidente estadunidense Theodore Roosevelt usou-o durante uma visita ao canal do Panamá, em 1906. Em razão disso, o modelo de chapéu tornou-se moda, principalmente para homens, até a Segunda Guerra Mundial. Outro modelo bem poupular é o Fedora ou Borsalino, originalmente produzido em feltro, fabricado no formato do chapéu Panamá, e que fez grande sucesso no século XX, a partir dos anos 20 e popularizado nos filmes de Hollywood dos anos 40 como o personagem Rick Blaine, interpretado por Humphrey Bogart em "Casablanca"(1942). Michael Jackson, no filme "Moonwalker"(1988) também abusou do modelo nas cores branca e preta, tornando-o uma das características icônicas de seu estilo.
Clássico Chapéu Panamá
Chapéu Fedora ou Borsalino
O icônico look de Rick Blaine, personagem de Humphrey Bogart em "Casablanca"(1942)
Ainda que alguns o considerem ultrapassado, é impossível negar a vocação fashion e elegante do chapéu, um simples acessório que pode mudar o resultado final do look e imprimir autenticidade a quem o utiliza. Tornou-se comum celebridades, tanto da música quanto do cinema, apostarem no acessório como um objeto certeiro de estilo: Pharrell William, Johnny Depp, Justin Timberlake e até mesmo Justin Bieber tornaram novamente popular o uso do chapéu nas ruas. Nas coleções de inverno 2016/17 de Alessandro Michele para a Gucci e Hedi Slamine para a Saint Laurent, ambos os estilistas mostraram opções de chapéus nas passarelas, aplicando o ar vintage dos anos 70 da temporada de inverno internacional. Inclusive, Michele revisitou em um look na Gucci o visual que mais popularizou Humphrey Bogart nas telas de cinema: chapéu e trench-coat.
Gucci, Inverno 2016/17
Saint Laurent, Inverno 2016/17
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Muitos ainda consideram o chapéu como um objeto obsoleto e cafona, mas apostar no acessório pode resultar em uma forte imagem de moda. Independente da estação do ano, o chapéu pode ser garantia certa de compra para dar um up ao estilo e ao guarda-roupa. O segredo é torná-lo uma peça contínua do visual. Combina com peças básicas como bermudas e camisetas no verão, assim como peças mais sofisticadas para o inverno, como um blazer em modelagem slim, por exemplo. A intenção é torná-lo fashion e moderno. Marcas e opções não faltam conforme modelos abaixo. Clique nas imagens e confira da esquerda para a direita: Lock & Co. Hatters; Junya Watanabe; Gucci; Junya Watanabe; RRL; Rag & Bone; Mr. Porter; Lock & Co. Hatters; Larose; Etro; Loro Piana e Lock & Co. Hatters):
A seguir, clique nas imagens e confira looks que carregam o chapeú como acessório fashion da vez e inspire-se:
